2.7.09

Inverno pede sopa - Caldo Verde!

Quando bate o primeiro vento da estação mais fria do ano, preparar um belo prato de sopa pode significar o sabor e o conforto que estavam faltando

Não é difícil imaginar que a sopa tenha sido um dos primeiros pratos produzidos pelo ser humano em toda a História. Bastou descobrir o fogo que uma alimentação mais bem-pensada surgiu na sequência.

As carnes e os legumes, logo o homem entendeu, ficavam mais tenros e fáceis de mastigar quando feitos na forma de sopa. Como explica o livro “História da Alimentação” (de Jean-Louis Flandrin, 1998), os caldos propriamente ditos vieram antes das sopas. Eram caldos chamados doces, feitos com vegetais em estado natural, ou caldos “ácidos”, obtidos com plantas como urtigas ou por fermentação. Foi desse último que surgiram as primeiras sopas, como o borsch, feito com beterrabas e tradicionalíssimo no Leste Europeu.

A sopa se espalhou pelo mundo todo, marcando registros alimentícios no extremo Oriente (com o missô japonês, por exemplo), por toda a Europa (seja com o caldo verde português ou o minestrone italiano), com as mais picantes feitas com frutos do mar na Ásia ou com as sopas cremosas que encantaram a América do Norte. O que todos os povos sempre concordaram é que, ao fazer sopas, o essencial é escolher ingredientes de ótima qualidade e ter paciência, pois a parte do cozimento costuma ser lenta e é vital para desprender o sabor final do prato.

“Um caldo básico de sopa, por exemplo, serve para diversos preparos posteriores”, diz a nutricionista Paola Ladeira Pinho, de Santos (SP). “Nele, esqueça aqueles tabletes prontos vendidos em supermercados; preparar um caldo genuíno é prático, barato e rende um resultado mais saudável e gostoso”, ela lembra. Para isso, basta usar um caldeirão próprio e nele colocar água filtrada, cebola, tomate (sem pele ou sementes, que podem amargar a sopa), cenoura, aipo e temperos a gosto. Tudo pode ser cozido em pedaços grandes ou pequenos, não importa.

A partir de um bom caldo é possível preparar diversas sopas com carnes, tipo canja ou mesmo de legumes. Na hora de apreciar, o mercado da gastronomia também já se apressou em comemorar as sopas: hoje existem jogos completos de travessas e cumbucas especiais para esse fim, em diversas faixas de preço, modernos e principalmente fáceis de manusear (sem a necessidade de pratos fundos, por exemplo).

Abaixo, a nutricionista Paola Ladeira Pinho dá uma receita tradicional de uma das mais famosas sopas do mundo, o caldo verde, que com o sabor especial da linguiça atiça o paladar até de quem se julga apreciador apenas das sopas de legumes comuns.

Deliciosa receita com couve e linguiça, perfeita para os dias de inverno

Caldo verde

Ingredientes

Água filtrada
250 gramas de couve-manteiga
5 batatas
1 cebola média
1 dente de alho
2 linguiças calabresa médias defumadas
1/3 de xícara de azeite de oliva
Sal a gosto

Modo de preparo


Lave, retire os talos, pique a couve finamente e depois escalde em uma panela de água fervente. Reserve. Lave as batatas, descasque-as, pique em pedaços médios e reserve. Descasque a cebola e corte-a em pedaços também. Descasque o alho e pique-o em lâminas.

Coloque em uma panela 1 litro de água e as linguiças. Leve ao fogo até a água ferver, escorra e corte-as em rodelas finas. Reserve.
Em uma panela, coloque a metade do azeite e deixe esquentar. Acrescente a cebola e o alho. Quando fritarem, coloque um litro de água, as batatas e tempere com sal a gosto. Deixe cozinhar por cerca de 20 minutos ou até as batatas ficarem macias. Retire do fogo, espere amornar e transfira para o liquidificador.

Bata até obter um creme liso e depois despeje de volta na panela. Acrescente o restante do azeite de oliva. Leve ao fogo e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 5 minutos. Então misture a couve e as linguiças e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Sirva em seguida.

Fonte: iG Gourmet

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